A Educação Ambiental e a Decolonialidade: um diálogo possível?
un dialogue possible
DOI:
https://doi.org/10.18675/2177-580X.2023-15574Resumo
A crise ambiental escancara os paradigmas enraizados na colonialidade, expressa como dominação subjetiva racista que instaura a ruptura entre a cultura e a natureza, legitimando a degradação socioambiental. A Decolonialidade resiste à cisão cultura - natureza imposta emergindo como projeto político-epistêmico e ontológico que busca resistir e transcender à colonialidade, abrindo a possibilidade de diálogo com a Educação Ambiental para atender aos desafios dessa crise. O estado da arte expresso neste artigo busca trazer a tona as contribuições teóricas da relação entre a Decolonialidade e a Educação Ambiental publicadas entre 2013 e 2019. O estado da arte tem caráter bibliográfico e permite traçar um panorama das principais tendências da pesquisa em uma área. Ao total foram encontrados e mapeados 11 artigos, amostra pequena para o tamanho do campo. A categorização demonstrou sete diálogos possíveis: cultural, epistêmico, político, epistemo-cultural, epistemo-político, político-cultural e epistemo-político-cultural, que constituem os campos onde as contribuições são afloradas; trazendo uma Educação Ambiental que rompe com os paradigmas da crise ambiental ao valorizar as culturas, sintonizar com o diálogo e a ecologia de saberes e se aliar com a ecologia política e a justiça ambiental para a emancipação das culturas-naturezas.