Horta Escolar e Interatividade Digital: possibilidades para a promoção da educação ambiental
DOI:
https://doi.org/10.18675/2177-580X.2023-17678Resumo
Este artigo é um recorte da pesquisa de dissertação realizada no âmbito de um curso de Mestrado Profissional. O campo de estudo foi estruturado através de um curso de extensão, no formato EaD, ministrado através de encontros síncronos e assíncronos, através da Plataforma Moodle para um grupo de dez cursistas, tendo uma carga horária de vinte horas no seu total. A divulgação do curso aconteceu pelas redes sociais e a inscrição foi obtida pela Coordenadoria de Extensão de uma Instituição Federal de Ensino. Os dados, construídos ao longo do curso, foram analisados sob a luz da análise de conteúdo de Bardin (2016), e optamos em utilizar metodologia baseada na pesquisa-ação participativa. A geração de dados foi realizada a partir de questionário diagnóstico inicial, registro escrito em Fóruns de debates e atividades com devolutivas no decorrer do curso. Como atividade final, os participantes foram convidados para uma entrevista semiestruturada com videogravação on-line. Esta pesquisa teve o objetivo de compreender como a inserção das tecnologias digitais (especificamente, neste recorte da pesquisa, o Qr-Code) em práticas pedagógicas no contexto da horta escolar pode promover a Educação Ambiental em uma perspectiva transdisciplinar, e como finalidade elaborar um produto pedagógico que auxilie educadores na construção de hortas escolares com propostas de atividades transdisciplinares. Os resultados evidenciaram que as TDICs podem possibilitar práticas e divulgação de ações reflexivas que extrapolam o espaço físico da escola, alinhando docentes, discentes e a comunidade escolar em propostas ambientais críticas com aderência às questões socioambientais locais.
Referências
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.
BEHRENS, M.; BEHRENS, J. A. Aprendizagem por projetos e os contratos didáticos. Diálogo educacional, Curitiba, v. 2, n. 3, p. 79-98, 2001.
CAVALCANTI, M. C. V.; RATTO, G. R. Educação, fotografia e produção de sentido: notas de uma pesquisa com jovens e seus dispositivos móveis. In: SILVA, G. F. da; PAULY, E. L. (org.). Formação, gestão e linguagem: múltiplas perspectivas na pesquisa em educação. Canoas: Unilasalle, 2016. p. 321-343.
DEMO, P.N. Metodologia científica em ciências sociais. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.
GUIMARÃES, M. A Educação Ambiental: No consenso um embate? Campinas: Papirus, 2000.
GUIMARÃES, M. A. A formação de educadores ambientais. Campinas: Papirus, 2004.
GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação. 12. ed. São Paulo: Papirus, 2015.
GUIMARÃES, M.; VIÉGAS, A. Crianças e educação ambiental na escola: associação necessária para um mundo melhor? Revista Brasileira de Educação Ambiental, Brasília, v. 5, n. 1, p. 56-62, nov. 2004.
KENSKI, V. M. Tecnologia e ensino presencial e à distância. 8. ed. Campinas: Papirus, 2010.
KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: Um novo ritmo da informação. 8. ed. Campinas: Papirus, 2012.
LOUREIRO, C. F. B. Trajetória e Fundamentos da Educação Ambiental. São Paulo: Cortez, 2006.
LOUREIRO, C.F.B. Pesquisa-ação participante e educação ambiental: uma abordagem dialética e emancipatória. In: TOZONI-REIS, M. F. C. (org). A pesquisa-ação-participativa em educação ambiental: reflexões teóricas. São Paulo: Annablume, 2007. p. 13-56.
MORAN, J. M. Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente. In: MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. (org.). Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000 p. 11-64.
MORAN, J. M. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. 5. ed. Campinas: Papirus, 2012.
REIGOTA, M. O que é Educação Ambiental. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 2014.
SANTOS, A. Complexidade e transdisciplinaridade em educação: cinco princípios para resgatar o elo perdido. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, v. 13, n. 37, p. 71-83, abr. 2008. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782008000100007&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 2 dez. 2023.
SANTOS, D. S. dos; SILVA, S. do N. TIC: um recurso pedagógico nas aulas de educação ambiental e a formação docente. Enseñanza de las ciências: revista de investigación y experiências didácticas, n. extra, p. 3201-3206, 2017. Disponível em: https://raco.cat/index.php/Ensenanza/article/view/339853/430828. Acesso em: 10 jan. 2024.
SAVIANI, D. Teorias Pedagógicas Contra-hegemônicas no Brasil. Ideação, Foz do Iguaçu, v. 10, n. 2, p. 11-28, jul./dez. 2008. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/ideacao/article/view/4465/3387. Acesso em: 2 dez. 2023.
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1986.
TOZONI-REIS, M. F. C. A construção coletiva do conhecimento e a pesquisa-ação participativa: compromissos e desafios. Pesquisa em Educação Ambiental, Rio Claro, v. 2, n. 2, p. 89-107, 2007a. Disponível em: https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/pesquisa/article/view/6145/4504. Acesso em: 05 jan. 2023.
TOZONI-REIS, M. F. C. (org). A pesquisa-ação-participativa em educação ambiental: reflexões teóricas. São Paulo: Annablume, 2007b.
TOZONI-REIS, M. F. C.; VASCONCELOS, H.S.R. A metodologia de pesquisa-ação em Educação Ambiental: reflexões teóricas e relatos de experiência. In: PEDRINI, A. G.; SAITO, C. H.(org). Paradigmas metodológicos em educação ambiental. Petrópolis: Vozes, 2014. p.113-131.
VIÉGAS, A. A Educação Ambiental nos contextos escolares: para além da limitação compreensiva e da incapacidade discursiva. 2002. 162 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2002.
